Sistema já comum no exterior e cada vez mais conhecido e utilizado também no Brasil, o aproveitamento de containers marítimos para a construção agrada pelo seu aspecto diferenciado, pelo apelo ecológico e, principalmente, pela rapidez de execução.

Os containers de diferentes tamanhos são utilizados como o corpo principal da construção, podendo ser recortados, agrupados e posicionados em qualquer sentido.

Imagem: CG Architectes

O custo da obra depende muito da quantidade de alterações feitas nos containers, sendo mais barata quanto menos alterações tiver. A maior quantidade de tratamento das paredes, como acabamentos internos, melhoram o desempenho termo-acústico dos ambientes. E isso é importante nesse caso, já que o casco sozinho não é muito eficiente nesse sentido. Na parte externa também podem ser colocados painéis, brises ou revestimentos diversos.

Imagem: CG Architectes

Vários recortes e aberturas costumam ser também interessantes, já que melhoram a iluminação, a ventilação, e ainda geram maior sensação de espaço.

Imagem: Poteet Architects

A possibilidade de composições é muito grande, com os containers funcionando como se fossem blocos de montar, empilhados e misturados como se desejar. Quando são retiradas muitas partes das peças, no entanto, é preciso criar estruturas de suporte, como pilares e vigas, para manter a estabilidade do conjunto.

Os containers precisam ser adquiridos de fornecedores confiáveis, para garantir que não tenham resíduos de materiais tóxicos, o que é possível quando tiverem sido utilizados para o transporte de cargas desse tipo.

É possível também associar o sistema com outros materiais e métodos construtivos, com apenas uma parte feita com os containers e o restante em alvenaria, por exemplo. E a cobertura pode receber telhas ou então terraços-jardim, complementando o apelo sustentável e também otimizando a sensação térmica do interior.

Imagem de capa: Benjamim Garcia